segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Fragmento de caos II

Manhã cinza, cor da cidade e de minha alma sem paz. Sinto frio, muito mais do que a temperatura amena, muito mais que a garoa, sinto frio e minha pele se arrepia apesar do ar quente que quase faz suar quando me protejo do mundo dentro da cápsula de metal vermelho onde habita minha alma em seus momentos mais ruidosos. O frio se dá como um bloqueio, inexplicável, embotamento dos desejos. Até dos desejos. Tento fazer-me sublime mas sou humana e com ressalvas. Não sei se gosto de adorar-me mundana. Não sei se gosto mesmo de inúmeras coisas que tenho vontade (ou talvez meramente cobice...). E ao ouvir que vivo de caprichos, como exaltar-me ou negar (por capricho...).

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