quinta-feira, 27 de março de 2008

Por hora, após milhares delas

Tudo está acontecendo em velocidade meteórica. Fico pensando, claro que a cada trinta segundos penso uma coisa diferente, mas nesses exatos trinta segundos penso se não é o universo conspirando a meu favor. Não podemos dosar as reações dos outros pelas nossas, tampouco podemos medir o amor que nos é oferecido pelo que temos a oferecer. Será que não é comodista demais achar que qualquer amor serve? Será que acredito, realmente, em um amor que machuca, prende, limita, duvida? Será que um amor que tolhe é mesmo amor? É amor aquele que acusa? Talvez a questão não seja nem mesmo ser ou não isso amor. Talvez até o seja de alguma forma, para alguém. Mas será esse o tipo de amor que quero para mim? Sei que não é dessa forma que amo. Sei que meu amor sempre existiu apesar de tudo. E isso não implica amar com pesares, é só amar. Perdoar, entender, ou mesmo sublimar e não tentar entender. Talvez esteja errado, mas é assim que sou e é assim que sei ser. Posso me ferir por isso, claro, mas nada me mata porque sei que mesmo ali, onde a dor se instala, o amor é maior e será sempre. Talvez seja o universo dizendo: ei, você é maior que isso! Talvez seja meu coração cansado gritando: eu mereço mais que isso!