sábado, 30 de maio de 2009

Minha vida

É tudo o que quero. É onde quero estar. Todo caminho tem percalços. Eu sei como buscar força, posso encontrar coragem. Sou eu apenas, nada fere ou agrada a ninguém mais que a mim. Há tempos procuro o chão, começo a senti-lo sob meus pés e novamente consigo imaginar rotas. Aos poucos, bem aos poucos, tudo vai ficando claro, assumindo seus contornos originais, sem a aura monstruosa que eu mesma desenhei por medo ou vergonha. Não há vergonha: quem quiser ver que o faça, não convidei ninguém, tampouco prometi um espetáculo bonito e fracassei, ficaram por vontade e, se esperavam algo, não cabia a mim concretizar, é legítimo esperar qualquer coisa mas é um risco ( Beta de 8% ao ano). Sendo assim, liberto-me dos investimentos alheios e assumo o ônus dos meus. Entendo que é só o que posso fazer e tudo fica mais simples. Continuo arriscando alto, risk lover inveterada, mas se não creio no amor não respiro, é assim que sou e começa a fazer sentido não precisar ser diferente. Amo, arrisco, e sigo inconstante, mas a alma vai se acertando, o amor acerta.

domingo, 24 de maio de 2009

Blá Blá Blá É mesmo um dos sete

A preguiça afasta do reino dos céus? Só para saber...pois o problema aqui é inspiração...



O vídeo não é exatamente uma pérola mas a música é sensacional e faz muitíssimo sentido. Talvez os que busquem decifrar minha alma tentem entender, certamente os que a aceitam como é, entenderão.
Ainda há tanta coisa... mas há também o silêncio ( e o vinho português). Deixo para depois mais uma vez, mesmo porque Renato já disse por mim.




http://www.youtube.com/watch?v=8LwevgNPbzc

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sem efeito

Ceder ou render-me? Nada por aqui faz muito sentido e, claro, compondo a tradição paradoxal que permeia minha existência, o que faz sentido não está aqui, ou está bem perto mas se apresenta de modo tão inusitado que fica difícil enxergar. Difícil e óbvio no mesmo instante. Não quero dizer com isso que o óbvio não seja difícil ou que o difícil seja, na verdade, simples porque é óbvio. Só não é fácil ver o óbvio porque é simples, ou é difícil ver o simples porque é óbvio? Aí chego a um ponto onde o meu grande e doloroso dilema remonta mote de propaganda de bolacha. E percebo que há uma platéia lotada para assistir o drama ou comédia, inacumuláveis entre si. Que diabo! Nada faz sentido e ainda assim há tantos espectadores. Parece novela daquela senhora que vilipendiou toda uma cultura para caber no horário das 8 com bastantes intervalos, horário nobre... deve ter sido vendida muita bolacha nesse espaço. Na época devia ser outra cultura respeitabilíssima - óbvio isso, não?- que descia pelo ralo do pão e circo. O ponto é que tudo dá no mesmo: a propaganda de bolacha já ficou perto do óbvio de novo e a idéia do circo esclarece a dúvida supracitada... agora ocorreu-me a lógica da resistência elétrica... e eu não sei se ainda consigo acompanhar e o raciocínio é meu...penso que é um momento apropriado para encerrar o dia.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Entende?

"Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.

Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
a fábula inconclusa,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?

Como proteger-me das feridas
que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?

Ninguém responde, a vida é pétrea."

(Carlos Drummond de Andrade)
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