domingo, 15 de fevereiro de 2009

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Tenho tanto a dizer e tanta saudade que simplesmente não consigo. Amo tanto minha vida quero tanto. Sempre tive dúvidas, sempre tive medo. Hoje tenho certeza, sei onde chegar, ou mesmo onde devo estar esperando minha vida. Sei que jazz me faz especie, bossa- nova me faz humana. Sei que conto os dias para ter de volta minha vida. Saudades cortantes.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Por alto...




Os passos apressados começam a ensurnar*, diminuo o ritmo, jazz n'soul. Encontro em mim espaço para um silêncio que supera em volume qualquer ruído do mundo. Sinto-me sozinha em meio a multidões de desconhecidos e olhares conhecidos. Passo a observar a beleza profunda das coisas, como gosto de fazer. Tenho tempo para isso. Não desejo o mundo, quero apenas o que é belo e possa, em algum grau, pertencer-me. Por vezes me esqueço de minha natureza telúrica e canso-me tentando pertencer ao mundo que fala demais, corre demais e pensa pouco, sente pouco. Prefiro contemplar, sem dizer, sem razão. Deixo-me arrepiar por Klimt, Kalo emociona-me, sorrio e acredito.
Penso em minha vida e entendo que nunca em toda minha existência quis algo tão ardentemente.
Desejo indizível de viver-me, em detrimento a tudo. Desejo imenso de buscar o olhar mais profundo de minha vida e entendê-la de modo cabal como meu único caminho porque sem ela não respiro, perco o chão, perco a vontade. Preciso vive-la, inteira, pois assim é cobrado por minha alma todos o dias, de cinco em cinco minutos. Saudades de casa, saudade dos sonhos, saudade profunda de meus amores que ficaram. Saudade extrema de minha vida. Sei o que quero, e não quero nada além dela.

Aos presentes que recebi do universo: é absolutamente necessário tê-las por perto; amo profundamente.

* Ana Choueri - todos os direitos reservados.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

I don't like cities but I love New York.


Esforço em vão tentar explicar essa cidade, nada por aqui é feito para ser entendido. A cidade é sinestésica. Sons, cheiros, texturas, cores, intensidades que rompem as amarras de ceticismo patriota e encantam até niilistas. Estreitos paradoxos enfrentam-se num caos profundamente ordenado onde passos rápidos e frenéticos seguem perfeitamente cadenciados. Linha de produção, economia de mercado, grande irmão, Big Apple. De repente, trumpete no parque, Ella em um café, jazz na esquina, no meio da calçada, no restaurante, na happy hour. A cidade, cansada, rende-se a arte, ainda que mercadológica. A cidade cansada não se rende. Eu, cosmopolita tropical, rendo-me cansada de sentir Nova York e só me resta a energia para poucas linhas mal- escritas. Ao mesmo tempo que, aos pés de Lady Liberty, a indizível saudade de minha vida doeu mais fundo que o vento cortante dessa manhã. Entendi que preciso, agora, busca-la perfeita como é e viver intensamente cada medo, cada sorriso, cada sonho. Pois é assim, minha vida, existência única no amor, princípio e fim, luz e treva. Paradoxo, amor, minha vida.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Inexorável

Existir
Amar
Ir... ...Ir
Amar
Existir

Tema central. Por toda minha vida, desesperadamente.