segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sem efeito

Ceder ou render-me? Nada por aqui faz muito sentido e, claro, compondo a tradição paradoxal que permeia minha existência, o que faz sentido não está aqui, ou está bem perto mas se apresenta de modo tão inusitado que fica difícil enxergar. Difícil e óbvio no mesmo instante. Não quero dizer com isso que o óbvio não seja difícil ou que o difícil seja, na verdade, simples porque é óbvio. Só não é fácil ver o óbvio porque é simples, ou é difícil ver o simples porque é óbvio? Aí chego a um ponto onde o meu grande e doloroso dilema remonta mote de propaganda de bolacha. E percebo que há uma platéia lotada para assistir o drama ou comédia, inacumuláveis entre si. Que diabo! Nada faz sentido e ainda assim há tantos espectadores. Parece novela daquela senhora que vilipendiou toda uma cultura para caber no horário das 8 com bastantes intervalos, horário nobre... deve ter sido vendida muita bolacha nesse espaço. Na época devia ser outra cultura respeitabilíssima - óbvio isso, não?- que descia pelo ralo do pão e circo. O ponto é que tudo dá no mesmo: a propaganda de bolacha já ficou perto do óbvio de novo e a idéia do circo esclarece a dúvida supracitada... agora ocorreu-me a lógica da resistência elétrica... e eu não sei se ainda consigo acompanhar e o raciocínio é meu...penso que é um momento apropriado para encerrar o dia.