De repente, tudo se torna inerte. Não há paixão, não há conflito, não há remorso. Não, mas não foi de repente, veio aos poucos, numa cadência discretamente triste, samba-canção, bossa-nova, ritmando meu coração e meus passos. Despertando minha face melancólica.Quis aniquilar a dor como sempre fiz, mas não achei comprimido pra dor na alma.Tentei disfarçar, esquecer, decidi seguir com um sorriso no rosto e a força que nunca tive, enquanto dentro de mim surgia um enorme vazio.Também nada se tornou, sempre foi inerte, sempre foi igual. O erro foi meu por buscar sempre a beleza.Talvez toda emoção que pensei ter havido, tenha sido só minha,.Quem sabe nada do que sonhei possa existir.Quem sou eu?Matéria e espírito, é só o que sei.Houve o tempo em que eu sabia quem era, que era forte, capaz,amada, sentia-me plena, meu amor e meu ser bastavam no universo.Hoje nada mais é claro. Penso em mim, numa imagem turva, nebulosa. Talvez não seja capaz, talvez não seja amada, ou talvez tenha entendido tudo errado, desde o começo.Da força,ainda fica um pouco,por isso tento buscar a mim em meio a apavorante multidão de sãos. Seis da manhã, será que é verdade?Ou tudo é culpa do tempo equivocado?Queria passar dias dormindo, protegida, em seus braços.Queria passar horas me vendo em seus olhos, lindos.Queria recordar quem sou, quem é, descobrir quem somos, juntos.Quero passar a vida tentando compreender seu amor.
"As sete letras de Pralini (Spinola/Gueller) davam-lhe força.As seis letras de Ângela (Sílvia) tornavam-na anônima" C.L.
Muito prazer,
Sílvia Spinola Gueller
P.S. Esse texto foi o primeiro publicado em meu antigo blog, não sei se ainda é verdade inteiramente, também não sei se é mentira, mas creio que hoje voltei a ser forte.
A/C Aisha
Há 5 anos
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